terça-feira, 2 de julho de 2013

A Geração que Pôs o Homem na Lua...

...perdeu o Homem na Terra

O homem difere-se dos demais seres da Natureza por sua Razão, a sua inteligência, que lhe permite ir além, que lhe permite compreender o universo e perceber o Divino.

E  a Razão coloca o homem como esse único ser, capaz de perceber e conhecer a si mesmo, esse ser capaz de se tornar melhor a cada dia, através da prática das virtudes.

Ter ido à Lua é algo fantástico. Poder ver através de imagens todo o universo e descobrir que o planeta que habitamos mede milhões de km quadrados e que a distância entre a Terra e a Lua é de milhões de Km também é uma descoberta extraordinária....

Mas o que aprendemos com isso? O que podemos mudar em nossas vidas sabendo que a Terra, essa que mede milhões de Km, na verdade é um grão de areia, quase que insignificante diante da dimensão de todo o universo?

Ao observar tudo isso, com essa visão que a tecnologia nos permite, ao menos a uma conclusão imediata podemos chegar: tudo isso tem uma ordem, tudo isso tem uma Lei!

A terra gira em torno do Sol e em torno de si mesmo; isso nos “garante” o dia e a noite, a primavera, o inverno, outono e o verão.... Isso nos garante momentos de ação e de descanso, momentos de plantar e de colher...

Podemos perceber as plantas, os rios, o mar, a terra... todos eles, cada um deles, com suas funções...

Tudo na natureza tem sua função.
E o Homem, é bom lembrar, faz parte da Natureza!
Não somos é um ser isolado ao qual coube usufruir de toda essa beleza....
Coube  a nós a tarefa de construir a nós mesmos.

Deus nos fez à sua imagem e semelhança, mas nos deu o livre arbítrio, e, com ele, podemos buscar ser reis entre os homens, ou ser divinos, a exemplo do próprio Deus.

Platão dizia que todo homem possui dois cavalos, um que lhe puxa para cima, lhe eleva em direção ao Divino, e o outro que caminha para baixo, buscando as paixões... Depende de nós qual cavalo será mais alimentado.

Precisamos parar de simplesmente fazer coisas, apenas descobrir suas métricas e seus mecanismos;
Precisamos voltar a fazer coisas com consciência, com Sabedoria, de forma que possamos aprender com elas e transpor esse conhecimento para o crescimento do homem enquanto ser humano.

É essencial o resgaste desses valores!

Em civilizações como Roma, Grécia, Egito, vemos grandes obras, grandes templos, estando inclusive muitos deles até hoje de pé. Mas se procuramos suas casas, provavelmente não as encontraremos...

Se cremos que Deus existe, faremos em nome Dele, faremos para o outro, serviremos a ele e o honraremos...
Pois este mistério supremo não quer que os homens simplesmente o idolatrem. Quer que sejamos seu reflexo, por meio de nossas ações.

Em tempos como os atuais, em que a presença de Deus parece cada vez mais distante em nosso dia a dia, o que encontramos? Grandes templos, generosidade, amor ao próximo?
Se procurarmos, encontraremos – em sua maioria – grandes casas, acúmulo de riquezas, e, antes de tudo, para nós. Para o próximo? Só o que sobra!

Parece que fomos vencidos pelos nossos instintos, pelos instintos de sobrevivência; e nessa batalha vale tudo!

O homem parece perder essa consciência do divino, parece não crer no mistério que está além dele próprio, e transforma a busca da sobrevivência em seu bem e objetivo maior.
E quem vence é o segundo cavalo de Platão, aquele que nos puxa para baixo, para longe de Deus, sendo alimentado pelas paixões e desejos.

Perdemos o homem na Terra!

Mas assim como o dia e a noite, o inverno e o verão, a vida é cíclica, e um novo ciclo há de surgir. Mas cabe ao ser humano fazê-lo renascer;

Primeiro dentro dele mesmo, praticando as virtudes, resgatando valores e propósitos de acordo com aquilo sabemos lá no fundo que é o Bem, que sabemos que é Deus!

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