quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O justo lugar da nossa Alma


Uma faxina de vez em quando é vital para renovar os ambientes: jogar coisas inúteis fora, dar lugar a outras esquecidas, por ordem e limpeza em objetos, e dessa forma saber onde cada coisa está. Melhor ainda seria manter sempre assim: habituar-se a deixar cada coisa em seu lugar, a guardar o que usou, a manter tudo organizado. Com esse ritmo incorporado, com o controle sobre a manutenção dos pequenos espaços cotidianos, a vida diária pode adquirir mais dinâmica, sem acúmulos ou desordem.


E dentro de nós não é diferente, há que ordenar e limpar também por dentro: conhecer os espaços internos, saber o que temos guardado, classificar os nossos “pertences psíquicos”, diferenciar um sentimento belo de uma emoção grosseira, um pensamento elevado de um pensamento negativo e saber identificar “isso é bom e está esquecido” ou “isso é lixo”. Se a bagunça interna é grande, nos confudimos com o caos que se instalou nas emoções e na mente, e a vida fica complicada, travada, já não flui com leveza, já não reflete mais o que queremos ser.

Filosofar é ordenar os pensamentos e sentimentos, e assim ganhar novos espaços internos, mais concentração e profundidade, e, consequentemente, mais tempo, mais energia e entusiasmo para viver, maior compromisso conosco mesmos e com a humanidade. Com a prática da filosofia, redescobrimos nosso potencial humano que estava guardado, tomamos consciência das virtudes que temos, tiramos a poeira dos sonhos, desenferrujamos nossa vontade, e assim, damos o justo lugar à nossa Alma: uma personalidade harmoniosa pronta para a aventura de avançar em direção ao Mistério.

Nenhum comentário:

Postar um comentário