quinta-feira, 23 de maio de 2013

Aprender a Viver


"DEVE-SE APRENDER A VIVER POR TODA A VIDA E, POR MAIS QUE TU TALVEZ TE ESPANTES, A VIDA TODA É UM APRENDER A MORRER." (Sêneca, sobre a brevidade da vida)

Essa máxima sempre me chamou a atenção. Dizer que para aprender a viver precisa saber morrer é algo muito estranho.

Mas o tempo foi passando e fui procurando nos acontecimentos da vida perceber e encontrar fatos que me fizessem entender ou pelo menos tocar o mínimo que seja dessa máxima.

Percebi que estava levando a palavra morte ao seu máximo, considerando que se referia Sêneca somente à morte física. Entendo hoje que não.

O filósofo fala das diversas mortes que passamos ao longo de nossas vidas, ou pelo menos deveríamos passar, pois alguns de nós pretendem de forma inútil “eternizar" alguns momentos.

Em quem de nós já morreu a infância? Em quem de nos já morreu a adolescência?

Ao final de cada dia que se encerra, morrem as oportunidades que tivemos nele de sermos generosos, honrados, corajosos, elementos dignos de um Ser Humano.

E ao final de cada ciclo de vida virá – aí sim – a nossa morte física, que da mesma forma nos encerra a oportunidade de termos sido símbolos, a oportunidade de termos nos aproximado mais do arquétipo divino, de termos construído a nós mesmos!

Então fica mais claro que, se aprendemos a morrer, aprendemos a viver.

Pois assim conscientes  dessas diversas mortes que virão, e virão com certeza, viveremos mais profundamente cada fase, viveremos com mais atenção e consciência cada momento, cada dia.

Não deixando nos passar uma oportunidade que seja de refletir o que há de divino em nossas ações!

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