Lá
estava, parado no trânsito, perdido no horizonte. Entre um e outro
lance do parabrisas, um colorido sorriso despontou em meio às nuvens.
Há muito não via um arcoíris, e o deslumbre tomou conta. Apesar disso,
fui retirado de meus devaneios por uma buzina. “Hora de voltar ao real”,
era o que qualquer um pensaria. Ao contrário, ao olhar para o lado, uma
pessoa apontava, extasiada, para o lindo milagre da Natureza.
Em
meio à loucura do mundo, o quanto qualquer pessoa toma tempo para
apreciar, simplesmente? Um belo arcoíris, um inspirador pôr do sol, os
calmantes sons da Natureza. O mundo moderno simplesmente é muito rápido,
muito mecânico, muito... morto. Somos zumbis em meio a uma realidade na
qual acreditamos ter vida e liberdade, e não podemos ao menos olhar por
uma janela sem ser exortado a voltar ao trabalho e produzir, produzir,
produzir...
Este
é o mundo que queremos para nós? Ou vibramos ao escutar uma bela
música, ver os heróis em um filme, ouvir sobre os grandes homens que
mudaram o mundo? Aceitaremos um mundo que nos engole a cada passo, como
um eterno tsunami, ou lutaremos por um mundo novo e melhor que valora o
que é realmente humano?
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