sábado, 1 de setembro de 2012

Abrir mão...



Assim nos expressamos quando queremos que alguém abra o bolso para comprar algo que desejamos, ou que desista de algum direito pendente na justiça, ou ainda quando cansamos de aconselhar alguém que pensamos estar agindo errado, etc.
Devemos considerar que todos nós temos conceitos limites, por várias razões possíveis e imagináveis, que vai desde o contato com os nossos pais como também com professores, amigos, televisão, leituras diversas...
Abrir mão desses conceitos limites não é tarefa fácil, pois
nos parecerá negar a nós mesmos diante de nós e dos outros.
Imagine! - dizemos nós - o que os outros vão pensar de mim se eu mudar de ideias e pensamentos?
Mas quem garante que as ideias e pensamentos onde nos encastelamos nos certificam de que nós somos nós mesmos? Será que não tiveram um ou vários donos?
E reclamando originalidade largamos tudo e deixamos nossa mente ao léu, exaltando a liberdade de pensar, agir, pintar, cantar, dançar, falar... Mesmo que isso possa nos ridicularizar, abrindo mão dos valores que nos fazem de fato humanos.
Aqui me pergunto: se existir uma origem para as ideias, aí, então, “ser original” seria ir beber na fonte dessa origem?
Em caso positivo, abrir mão das nossas ideias e pensamentos talvez signifique algo não penoso, mas prazeroso, como se fosse a descoberta de uma fonte de água mineral, quando só existia para nós bebermos a água já poluída por máquinas e pessoas.
E assim, abrir o bolso pode significar generosidade; a desistência de acusação, clemência;e parar de aconselhar pode ser não julgar e deixar viver.

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